quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Embaraço espontâneo



Embaraço espontâneo


Não sei falar, só consigo balbuciar alguns verbetes
Gaguejo ao tentar explicar uma situação qualquer
Tremo ao pensar que terei que falar em público
Resisto em dizer coisas que sinto, creio ou penso



Escrever ainda é um exercício que, espero ser praticado ao longo da vida
Rabisco o que passa na mente, como se fosse uma tela de tinta óleo abstrata
Ora só eu entendo, ora sintetizam um novo significado a obra
Outrora, não acontece nenhuma das situações, apenas contemplam


As experiências, por poucas que sejam, são compartilhadas
A razão não mora aqui, ela apenas aparece em horas oportunas
O volume da escrita é baixo, quase um cochicho
Para que muitos vejam, alguns escutem, poucos compreendam


Necessito, ainda assim, falar; não o falar por falar
Contudo, falar com arte, falar com música
Falar do Amor daquele que quer me ouvir
Mesmo quando não tenho mais nada a dizer



suezoribeiro ,